O cagu, é uma ave, endêmica da ilha de Grande Terre, no arquipélago da Nova Caledônia; situado na Melanésia, Oceania; sendo sua ave nacional e adotada como emblema em sua terra, habitando densas florestas de montanha entre os 100 a 1.400 metros de altitude.
E está listada pela União Internacional para a Conservação da Natureza como espécie em perigo, sendo muito abundante no passado e quase extinta, no século XIX, por suas penas de crista, apreciadas pelos criadores de extravagantes chapéus femininos dos anos 1870 a 1910, além de ter seu habitat ameaçado por espécies invasoras.
Características
Essa ave é de coloração uniforme, semelhante a uma garça e do tamanho de uma galinha (cerca de 50 centímetros), com plumagem cinza-pérola-esbranquiçada (conhecida localmente como o "fantasma da floresta"), pernas e bico laranja-avermelhado, ligeiramente curvo, e olhos de íris vermelha; com uma crista em sua cabeça, similar à de uma cacatua, e com listras enegrecidas nas pontas de suas asas. Suas penas formam um pó, que limpa e impermeabiliza o cagu em seu habitat úmido e insular.
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Com uma variedade de notas ásperas e estridentes, os sons feitos pelo cagu podem ser ouvidos a mais de um quilômetro de distância e são diferentes para os machos e fêmeas, podendo lembrar um canto de galo ou o latido de um cão; mas a vocalização da fêmea é mais curta e rápida que a do macho. Pares cantam um dueto, no início da manhã, para avisar outras aves de seu território, podendo durar, tais avisos, até 15 minutos. Também assobiam e fazem sons suaves e estridentes.
Alimentação
O cagu tem asas, mas só consegue voar uns poucos metros (pois falta-lhe a musculatura para voar), preferindo viver sempre no solo, em bandos soltos, muitas vezes perto de riachos; sendo um animal solitário e predominantemente diurno, predando e se alimentando de insetos e suas larvas, aranhas, lacraias, milípedes, moluscos, vermes e lagartos; fazendo escavações rasas na serrapilheira e entre rochas em busca de seus alimentos.
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Possui a característica de se mover rapidamente para, em seguida, permanecer em pé, imóvel. Escolhe um lugar para habitar, no solo, naturalmente protegido por rochas ou sob raízes de árvores, em buracos e bancos de terra. Geralmente se empoleira em galhos baixos ou troncos, mas também usam raízes elevadas ou pedras para locais de repouso. Eles são altamente territoriais, participando de confrontos, por vezes ferozes, acompanhados de gritos estridentes.
Reprodução
Os cagus são monogâmicos e, apesar de defenderem o seu território em conjunto, macho e fêmea podem passar a maior parte do tempo sozinhos, criando apenas um filhote por ano, que nasce a partir de de um ovo com manchas marrons-claras em um ninho constituído de um montículo de folhas de 10 milímetros de espessura, no solo; com pai e mãe se reunindo para compartilhar as tarefas de incubação e nidificação.
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Após mais de um mês de incubação, o ovo eclode e o filhote, com os olhos fechados, não se desloca até os três dias de idade; parecendo diferente de seus pais, dotado de penas castanho-claras e castanho-escuras para se camuflar contra a folhagem do chão da floresta. Os pais alimentam seus filhotes até as 14 semanas de idade, podendo estes permanecer no território por até seis anos.
Vídeo: Uma ave quase extinta (Cagu)