O Sapo-roxo, é um anfíbio de aspeto invulgar, nativo do sudoeste indiano. Ao contrário de outros sapos, o sapo-roxo possui um corpo inchado e arredondado e uma pequena cabeça. Os adultos possuem uma coloração roxa-acinzentada e as fêmeas adultas podem chegar a medir cerca de 7 cm de comprimento, enquanto os machos normalmente têm 1/3 do tamanho das fêmeas.
Os membros do sapo-roxo estão adaptados para facilitar a escavação. Esta espécie de sapo passa quase todo o ano enterrado no subsolo (alguns indivíduos já foram encontrados a quase 8 m de profundidade). Apenas voltam à superfície, durante duas semanas, durante a época das monções. Este fato fez com que o sapo-roxo tenha sido apenas descrito, a nível científico, em 2003, embora já houvesse descrições antigas da espécie por outros viajantes e pelas populações locais.
Reprodução
Quando as monções começam a aproximar-se, a humidade das florestas aumenta e inicia-se a época de acasalamento, que faz com que os sapos-roxos abandonem as suas tocas subterrâneas à procura de um companheiro. O acasalamento ocorre numa toca subterrânea. Os ovos (cerca de 3000) são depositados entre as rochas de um rio. Aqui os ovos eclodem e os girinos permanecem nas águas, cerca de 100 dias, que é quando ocorre a metamorfose.
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Os girinos possuem umas ventosas orais que lhes permite ficar agarrados e não serem levados pela corrente do rio. É considerado um fóssil vivo, pois existem fósseis do sapo-roxo, indicando que esta espécie pouco mudou com o passar do tempo. Os anfíbios mais próximos do sapo-roxo são originários das Ilhas Seychelles, o que apoia a hipótese destas ilhas, juntamente com Madagáscar, terem outrora estado ligadas à Índia.
Habitat
A distribuição geográfica do sapo-roxo estende-se por todos os Gates Ocidentais, uma cordilheira de montanhas no sudoeste indiano, que é mais antiga que os próprios Himalaias. Nesta região florestal existem muitas espécies únicas, que tal como o sapo-roxo, se encontram ameaçadas com a desflorestação e a destruição de habitat.
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Preferem solos soltos, húmidos e arejados, para que se possam esconder. Possui um nariz peculiar que lembra o de um porco. Este focinho afunilado e sensível está adaptado para que se consiga alimentar de térmitas e outros insetos, mesmo quando o sapo se encontra enterrado.
Vídeo: Um Fóssil Vivo (Sapo Roxo)
